sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

I've Got You


I've Got You

    *dica: ouçam com I've Got You, do Mcfly

    


     Como eu estava cansado hoje. Meus pais não param de brigar, minha irmã está me dando cada vez mais problemas e eu, sinto que estou a ponto de enlouquecer. Só ainda não enlouqueci por causa daquela que coloca um sorriso em meu rosto. O mundo realmente seria um lugar solitário sem ela. Meu refúgio? O apartamento dela, meu lugar preferido, depois de claro, seus braços.



     -AMOR! – ela veio correndo de pulou nos meus braços, gargalhando. Sorri na hora, enquanto arrumava suas pernas na minha cintura para que ela não caísse.
     -Sua louca! – disse enquanto aproximava minha boca da dela. A beijei, e pude sentir que ela sorria, assim como eu! – Eu te amo, Jus! – ela entrelaçou seus braços mais forte em volta do meu pescoço e depois, enroscou seus dedos no meu cabelo.
     -Também te amo, minha pequena! – me sentei no sofá, fazendo-a ficar sentada em meu colo. Ela sabia da minha situação. Sorte que eu tinha ela, para me fazer me sentir mais forte quando os dias eram difíceis e uma hora parecia ser muito mais longa.
     -Eai amor, como foi o dia hoje? – ela perguntou enquanto se apoiava no meu peito
     -Difícil, como sempre! Foi um longo dia... – disse arrumando as mechas que teimavam em cobrir o lindo rosto da minha pequena.
     -Hum, mas no final, deu certo? – ela me olhava com cautela, como se tivesse medo de falar algo que me magoasse. Já disse a ela que falar sobre meus problemas com ela era a melhor coisa para tirar um pouco do peso que eu sentia.
      -Parece que nunca nada vai dar certo, ou que nunca vai ter um final! – abaixei o olhar para a barra da blusa dela.
     -Awn, amor! Claro que vai! Eu não estou aqui? – ela levantou minha cabeça com as duas mãos no meu rosto e me deu um selinho. – Eu to aqui para tudo que você precisar, amor!
     -Por isso que eu te amo tanto! Obrigada, por tudo, pequena! – a abracei e ela retribuiu, acariciando meu cabelo também. Tudo é mais fácil quando eu estou com ela. Meus problemas perdem metade do peso. Isso quando eles não somem de vez. Ela me faz bem,  faz eu me sentir melhor. Quando tudo está prestes a cair, ela está lá, para me ajudar.
     -Tá com fome, Jus? – ela se soltou do abraço e olhou para mim
     -Um pouco! – respondi sinceramente
     -Então eu vou lá pegar! Fica aqui, ok? – ela se levantou do meu colo e foi andando para a cozinha. Me perdi vendo ela, de costas, andando com um shortinho curto, uma regata branca e aquele cabelo caindo feito uma cascata em suas costas. Jantamos pizza aquela noite. Ela mesma havia feito, e estava uma delícia. Acabei dormindo lá mesmo, não queria mesmo voltar para casa. Eu tinha um monte de roupas lá, porque não passar a noite com a garota que eu amo?


     Como nada eram as mil maravilhas, tive que acordar para ir trabalhar. Ela acordou junto de mim, iria trabalhar também. Me deu um selinho e foi para o banheiro. Fiquei deitado na cama não querendo sair de lá nunca mais. Sentia-me como se, quando eu passasse daquela porta e me separasse dela, os problemas me atingiriam novamente.


     -Não to afim de preparar o café amor! – ela apareceu no quarto, pronta. Linda, como sempre! Ela estava com um biquinho e aquilo havia me provocado demais. Fui até ela e encostei nossos lábios por um longo tempo.
     -Então vamos comer fora! – entrei no banheiro e me arrumei rapidamente. Terno, gravata, calça social... todas aquelas drogas que eu tinha que usar só para ir para o inferno. Quer dizer, o inferno era a minha casa, lá era apenas... uma droga! A empresa do meu pai era uma droga! Secretárias abusadas, empresários idiotas, clientes arrogantes... e o meu pai, claro!
     -Onde você quer ir? – disse enquanto tentava dar o nó na gravata
     -Starbucks? – ela pegou a gravata de minhas mãos e deu o nó para mim, sorrindo logo depois. Dei um selinho nela e peguei a chave do carro.
      -Deve ser bom ter tudo! – ela comentou quando chegamos á garagem. Havia deixado meu carro lá. Ri por causa do seu comentário.
     -Depende amor! E quando você tem tudo e sente que mesmo assim, não tem nada? – olhei para ela, que abaixou a cabeça, envergonhada – Me sentia assim até te conhecer! – levantei sua cabeça e dei um beijo nela, que sorriu logo depois. Minha vida valia a pena por causa daquela garota!
     Depois de tomar o café, a deixei em seu serviço, que era perto do meu. Depois, segui para o enorme prédio de empreendimentos do meu pai. Grande bosta! Ele pensa que tem tudo, mas na verdade, não tem é nada! Uma mulher que só sabe reclamar, uma filha que só se mete em encrencas e um filho que bom, o odeia. Fui para a minha mesa e desejei que aquela abusada da Srta. Peterson não tivesse chegado ainda. Não disse que aquele lugar era uma droga? Ela tava lá, com a saia praticamente levantada até a cabeça, aquela camisa aberta mostrando um decote até o umbigo, aquele salto exageradamente alto e aquela maquiagem tão carregada que parecia que enchia o seu cérebro vazio. Porque ela ainda trabalhava lá? Ah sim, porque meu pai gostava de mulheres daquele jeito. Totalmente diferente dela, que mesmo com a saia nos joelhos, um salto um pouco mais baixo, e a camisa desabotoada até o colo ficava sexy, sem ser vulgar. Me orgulhava de ver que ela jantava pizza, diferente da Srta. Peterson, que almoçava e jantava um salada e tofú. Minha namorada era a melhor!
     Mal cheguei ao meu escritório e já tinha sido paquerado pela secretária, recebido um monte de e-mails e umas duzentas ligações de um cliente chato! Ignorei todas as ligações: qual é? Nem tinha sentado ainda! Depois de uma longa manhã trabalhando, recebi um e-mail dela, me dizendo que tinha sido liberada mais cedo. Almocei por lá e mesmo ainda recebendo ligações de clientes, as ignorei indo para o carro. Mas quando vi que a ligação vinha do celular da minha irmã, larguei minha pasta e minhas coisas em cima da mesa e sai apressado, pegando o carro só para depois prestar atenção no endereço que havia lá. Segui até a rua que o endereço indicava. Boates para tudo quanto é lado. 
     Entrei na White e procurei para todos os lados. Porque aquela droga estava aberta em plena tarde e ainda pior: funcionando!? Encontrei minha irmã em um canto, chorando, enquanto uma mulher vestida inapropriadamente para qualquer horário abraçava ela pelo ombro, a cobrindo com um cardigã.


     -O que aconteceu? – cheguei perto da minha irmã, a abraçando, fazendo com que a mulher a soltasse. Sua blusa estava rasgada, e eu estava perdendo a paciência por causa do silêncio dela. – FALA LOGO CARAMBA!
     -QUE DROGA! – ela reclamou cobrindo seus peitos com o que restava de sua blusa. Eu tentava a cobrir com o cardigã que era pequeno demais para isso, me irritando ainda mais
     -Vamos embora logo, você vai ter que me explicar isso! – a conduzi até o carro, quando vi a mulher que a ajudou. Agradeci com a cabeça e entrei no carro. 


     Fui até o apartamento da (Seu nome), não iria levar minha irmã para a casa dos meus pais. Não para a minha mãe ter um ataque e meu pai se irritar com ela. Isso causaria outra briga!


     -Vai tomar um banho lá, Courtney! Vou separar uma muda de roupa para você! – Doce como sempre, minha noiva levou Court para o banheiro, parando um pouco no quarto para separar uma muda de roupas dela para a irresponsável da minha irmã. Sentei no sofá ainda nervoso. Quando será que ela cresceria e quando ela pararia de me arranjar problemas?


     -Calma amor! – Era ela, abraçando meu pescoço por trás. Tombei minha cabeça para olhar para ela e recebi um selinho.
     -Calma? Como? – perguntei como se esperasse que ela aparecesse com a solução de tudo.
     -Relaxa Jus! – ela se sentou do meu lado e me abraçou. Fechei os olhos me sentindo aliviado por tê-la ao meu lado. – Eu te amo! Já disse, você tem a mim! – ela sussurrou no meu ouvido. Adorava quando ela falava essas coisas para mim. Era como se isso fizesse tudo de ruim da minha vida sumir. Deitei em seu colo e ela acariciava meus cabelos. Olhei para ela e recebi um sorriso de volta. Logo a minha irmã chegou, acabando com todo o sossego. Ela simplesmente começou a calçar o sapato, sem ao menos falar uma palavra. Me levantei bruscamente e fui até ela.
     -Não pensa que vai embora assim não! Conte-me o que aconteceu!
     -Não te devo explicações! – ela não se deu ao trabalho nem de olhar na minha cara, o que me irritou. A peguei pelo braço, fazendo (seu apelido) exclamar assustada. Eu não machucaria minha irmã, só queria que ela aprendesse uma lição.
     -Acho que vai ser muito melhor você dever explicações para mim do que para o papai e a mamãe! – sorri vitorioso, fazendo Court revirar os olhos.
     -Uns caras pensaram coisas erradas de mim e tentaram fazer coisas que eu não queria! - ela disse bufando.
     -Ninguém manda sair vestida feito uma...
     -Jus! – (seu apelido) me alertou. Respirei fundo.
     -Pare de me dar problemas Court! Cresce! Pare de querer chamar a atenção da mãe e do pai! Porque não tenta fazer isso INDO para a escola?
     -Porque eu não quero! – ela se soltou e saiu correndo. Eu ia atrás dela, mas me contive. Logo (seu nome) estava me abraçando por trás.
     -Jus, ela ainda é adolescente, uma hora vai se tocar sozinha! – ela acariciava o meu peito.


     Eu tinha a certeza de que, se algum dia, (seu apelido) tivesse vontade de chorar, eu ficaria do lado dela até ela se acalmar. Certeza de que, todas as vezes que eu irritasse ela, seria propositalmente só para apanhar um pouco para depois a agarrar e beijá-la. Se ela me quisesse longe dela, eu atenderia seu pedido, mas eu voltaria. Eu sempre iria querer tê-la perto de mim. Abraçando-a até o sol nascer, ficando do seu lado a madrugada inteira, sendo, o tempo inteiro, todo dela!
*esta fanfic foi inspirada em "I've Got You", do Mcfly! Se quiserem, dêem uma olhada na tradução e comparem com a fanfic, tem partes bem parecidas.

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